“O poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso – é aquilo que propriamente se chama de bom senso ou razão – é naturalmente igual em todos os homens.”
Descartes
A fé é a entrega confiada a Deus, fonte originária de tudo quanto existe.
A principal dificuldade encontrada pelas religiões é aquela que se refere às relações entre a razão e a fé.
Esta dificuldade tornou-se para nós particularmente premente, pelo que nos parece indispensável reflectir sobre ela.
A consciência humana parece ser constitutivamente religiosa, isto é, o homem é levado a colocar questões que ultrapassam a ciência e a filosofia: a religião é sempre filha do desejo, da carência e da esperança, e não apenas uma construção racional.
Se a questão religiosa é universal, as respostas a ela são diversas e variáveis; e sob ponto de vista filosófico podemos agrupá-las deste modo muito simples:
TEÍSMO:
É uma posição, uma doutrina que aceita a existência de um ou mais deuses de uma forma pessoal, criadora e providente.
ATEÍSMO:
É a posição filosófica que nega ou rejeita a existência de Deus (ou de deuses).
AGNOSTICISMO:
É a posição ou doutrina segundo a qual os conhecimentos humanos são limitados ao domínio da experiência e como tal o homem não deve pronunciar-se acerca de Deus pois esta questão ultrapassa-o.
Se a questão religiosa ultrapassa as possibilidades racionais, Deus não pode ser objecto de conhecimento mas de fé: e a fé do homem em Deus não consiste num acto de provar racionalmente, pelo contrário, trata-se de uma confiança justificada e, neste sentido, racional.
Podemos concluir que no domínio religioso e particularmente no Ocidente a razão e a fé não se opõem necessariamente; pelo contrário, podem encontrar-se e devem convergir e completar-se.
A crença não é exclusivamente racional, ela tem, todavia, de ser razoável e esse é o trabalho da razão.
Resulta de tudo isto uma exigência exclusivamente religiosa mas também cívica e politica que é a tolerância, sinónimo de liberdade de consciência que constitui um dos direitos humanos narrados na declaração Universal.
Assim a tolerância lança a todos nos crentes e não crentes um enorme desafio e uma imensa tarefa: uma diferente maneira de entender e, sobretudo, uma convivência entre elas.
“Rejeitar e isolar quem instrumentaliza o nome de Deus para agredir aqueles que são diferentes.”
João Paulo II
Por isso pensa-se hoje que, se todas as religiões procuram a justiça e a paz entre homens, torna-se absolutamente indispensável, para haver paz entre as nações, haver paz entre as religiões; e a paz entre as religiões requer diálogo entre elas (Hans Kung): um diálogo inter-religioso de carácter ecuménico que procura o reconhecimento efectivo dos direitos humanos, a condição indispensável para uma paz autêntica (João Paulo II).
Descartes
A fé é a entrega confiada a Deus, fonte originária de tudo quanto existe.
A principal dificuldade encontrada pelas religiões é aquela que se refere às relações entre a razão e a fé.
Esta dificuldade tornou-se para nós particularmente premente, pelo que nos parece indispensável reflectir sobre ela.
A consciência humana parece ser constitutivamente religiosa, isto é, o homem é levado a colocar questões que ultrapassam a ciência e a filosofia: a religião é sempre filha do desejo, da carência e da esperança, e não apenas uma construção racional.
Se a questão religiosa é universal, as respostas a ela são diversas e variáveis; e sob ponto de vista filosófico podemos agrupá-las deste modo muito simples:
TEÍSMO:
É uma posição, uma doutrina que aceita a existência de um ou mais deuses de uma forma pessoal, criadora e providente.
ATEÍSMO:
É a posição filosófica que nega ou rejeita a existência de Deus (ou de deuses).
AGNOSTICISMO:
É a posição ou doutrina segundo a qual os conhecimentos humanos são limitados ao domínio da experiência e como tal o homem não deve pronunciar-se acerca de Deus pois esta questão ultrapassa-o.
Se a questão religiosa ultrapassa as possibilidades racionais, Deus não pode ser objecto de conhecimento mas de fé: e a fé do homem em Deus não consiste num acto de provar racionalmente, pelo contrário, trata-se de uma confiança justificada e, neste sentido, racional.
Podemos concluir que no domínio religioso e particularmente no Ocidente a razão e a fé não se opõem necessariamente; pelo contrário, podem encontrar-se e devem convergir e completar-se.
A crença não é exclusivamente racional, ela tem, todavia, de ser razoável e esse é o trabalho da razão.
Resulta de tudo isto uma exigência exclusivamente religiosa mas também cívica e politica que é a tolerância, sinónimo de liberdade de consciência que constitui um dos direitos humanos narrados na declaração Universal.
Assim a tolerância lança a todos nos crentes e não crentes um enorme desafio e uma imensa tarefa: uma diferente maneira de entender e, sobretudo, uma convivência entre elas.
“Rejeitar e isolar quem instrumentaliza o nome de Deus para agredir aqueles que são diferentes.”
João Paulo II
Por isso pensa-se hoje que, se todas as religiões procuram a justiça e a paz entre homens, torna-se absolutamente indispensável, para haver paz entre as nações, haver paz entre as religiões; e a paz entre as religiões requer diálogo entre elas (Hans Kung): um diálogo inter-religioso de carácter ecuménico que procura o reconhecimento efectivo dos direitos humanos, a condição indispensável para uma paz autêntica (João Paulo II).
Um comentário:
Bom trabalho.
Esta bastante interessante.
Continuem assim.....
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