As investigações acerca da mente/matéria centram-se, pelo menos no lado da mente, em torno do papel da intenção – esse acto que, permitido pelo livre arbítrio, escolhe o efeito que irá ser observado no mundo exterior.
Henry Stapp, físico teórico, trouxe o formalismo matemático da Teoria da Mecânica Quântica de Von Neumann para esta área de estudo. Segundo o Dr. Stapp:
Uma característica importante das leis dinâmicas da teoria quântica é: suponha que um evento de processo 1 que leva a um resultado “Sim” seja seguido por uma sequência rápida de vários processos 1 semelhantes. Ou seja, suponha que se realiza uma sequência de actos intencionais muito semelhantes, e que os eventos desta sequência ocorrem numa sucessão muito rápida.
Então as leis dinâmicas da teoria quântica impõem que a sequência de resultados vai ser, com alta probabilidade, toda “Sim”: o estado “Sim” irá, com alta probabilidade, ser aproximadamente mantido no lugar pela sucessão rápida de actos intencionais. Por virtude das leis quânticas do movimento, uma intenção forte, manifestada pela grande rapidez dos actos intencionais semelhantes, tende a manter o modelo associado à acção.
Os momentos das acções do processo 1 são controlados pelas “escolhas livres” por parte do agente. Se acrescentarmos às leis de Von Neumann a suposição de que a rapidez destas acções semelhantes de processo 1 podem ser aumentadas por esforço mental, obtemos então, como consequência matemática rigorosa das leis dinâmicas básicas da mecânica quântica descritas por Von Neumann, um efeito potencialmente poderoso de esforço mental na actividade cerebral!
Este efeito de “manter no lugar” é chamado Paradoxo de Zenão. Esta denominação foi usada pelos físicos E. C. G. Sudarshan e R. Misra.
O que isto significa é que mantendo a mesma intenção sempre, ao colocar a mesma questão ao universo vezes sem conta, afastamos a probabilidade quântica da aleatoriedade. Foi isto que aconteceu quando 100 milhões de pessoas se agarraram à questão culpado/inocente durante o julgamento de O. J. Simpson? Ou quando uma pessoa se agarra a “mais 1 do que 0”?
Por que é que não conseguimos controlar a nossa vida? Fundamentalmente, por falta de concentração. Não nos conseguimos concentrar; a mente vagueia por todo o lado, durante muito tempo, e nós estamos demasiado sintonizados com as vibrações deste plano material. Uma pessoa comum perde a concentração ao fim de 6 a 10 segundos. Vivemos num mundo de conveniências, e se não tivermos imediatamente o que queremos, ficamos impacientes. É o facto de desejar, desejar, desejar, concentrar-se, concentrar-se, concentrar-se que faz a magia acontecer.
Já vi pessoas mesmo estúpidas tornarem-se excelentes cientistas, até vencedores de prémios Nobel. Já vi pessoas extraordinariamente espertas e talentosas a pedir esmola nas ruas de São Francisco. É desejar, desejar, desejar.
— Fred Alan Wolf, Ph.D.
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