A alquimia é a tradição antiga que combina os elementos de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião. Existem três objectivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em ouro, o outro é a obtenção do Elixir da Longa Vida, uma panaceia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. Ambos os objectivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância mística que amplifica os poderes de um alquimista. Finalmente, o terceiro objectivo era criar vida humana artificial, os homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter carácter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química. A alquimia foi praticada na Mesopotâmia, Egipto Antigo, Mundo Islâmico, Pérsia, Índia, Japão, Coreia e China, na Grécia Clássica, em Roma, e na Europa.
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um carácter de "proto-ciência", devemo-nos lembrar que ela tem mais de religião do que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.
Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é consequência da importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar.
A própria transmutação dos metais é um exemplo do aspecto místico da alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia para um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia é uma arte filosófica, que procura ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.
A alquimia medieval acabou por fundar, com os seus estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsénico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o famoso "banho-maria". Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.
Alberto Magno foi o primeiro a descrever a composição química do cinabre, do alvaiade e do mínio. Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio. Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos químicos. Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho. Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico.
A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Reexaminou-se a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e a sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a referencie.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Num mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que o homem não se procura a si próprio nem ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamamento para que o homem reencontre o seu lado espiritual e superior; ou que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que impossível de alcançar.
Embora alguns, influenciados pelo conhecimento científico moderno, atribuam à alquimia um carácter de "proto-ciência", devemo-nos lembrar que ela tem mais de religião do que de ciência. Assim, ao contrário da ciência moderna que busca descobrir o novo, a alquimia preocupava-se com os segredos do passado, e em preservar um suposto conhecimento antigo.
Parte desta confusão de tratar a alquimia como proto-ciência é consequência da importância que, nos dias de hoje, se dá à alquimia física (que manipulava substâncias químicas para obter novas substâncias), particularmente como precursora da química.
Como ciência oculta, a alquimia reveste-se de um aspecto desconhecido, oculto e místico. Muitos dos textos alquímicos, rebuscados e contraditórios, devem ser entendidos sob esta perspectiva, mais interessados em esconder que em revelar.
A própria transmutação dos metais é um exemplo do aspecto místico da alquimia. Para o alquimista, o universo todo tendia para um estado de perfeição. Como, tradicionalmente, o ouro era considerado o metal mais nobre, ele representava esta perfeição. Assim, a transmutação dos metais inferiores em ouro representa o desejo do alquimista de auxiliar a natureza em sua obra, levando-a a um estado de maior perfeição. A alquimia é uma arte filosófica, que procura ver o universo de uma outra forma, encontrando nele seu aspecto espiritual e superior.
A alquimia medieval acabou por fundar, com os seus estudos sobre os metais, as bases da química moderna. Diversas novas substâncias foram descobertas pelos alquimistas, como o arsénico. Eles também deixaram como legado alguns procedimentos que usamos até hoje, como o famoso "banho-maria". Ironia do destino, o desejo dos alquimistas de transmutar os metais tornou-se realidade nos nossos dias com a fissão e fusão nuclear.
Alberto Magno foi o primeiro a descrever a composição química do cinabre, do alvaiade e do mínio. Raimundo Lúlio preparou o bicarbonato de potássio. Paracelso identificou o zinco; pioneiro na utilização medicinal dos compostos químicos. Giambattista della Porta preparou o óxido de estanho. Basile Valentin descobriu os ácidos sulfúrico e clorídrico.
A psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da alquimia. Reexaminou-se a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto destes símbolos e a sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a maior influência da alquimia foi nas chamadas ciências ocultas. Não há ramo do ocultismo ocidental que não tenha recebido alguma ideia da alquimia, e que não a referencie.
Acima de tudo, a alquimia deixou uma mensagem poderosa de busca pela perfeição. Num mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência exterior, em que o homem não se procura a si próprio nem ao seu íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamamento para que o homem reencontre o seu lado espiritual e superior; ou que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objectivo na vida, ainda que impossível de alcançar.
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