1) Dimensão pessoal:
Dado que a religião é, efectivamente, um fenómeno universal e intemporal, torna-se indispensável tentarmos descrever o fenómeno religioso.
A experiência religiosa consiste na relação do homem com o absolutamente divino. Esta dimensão consiste em o homem se sentir na presença de um Além, uma realidade essencialmente diferente de todas aquelas que nos cercam. Esta realidade é frequentemente designada como a divindade, o divino. Acerca do divino podemos sugerir as seguintes características:
É mistério, escondido e inatingível; e como tal, é indefinível;
O seu poder é tanto que provoca em nós sentimentos diversos e até contraditórios: atrai e repele, suscita amor e também temor;
Provoca em nós atitudes de dependência e de veneração
Pode revelar-se ao homem de modos extremamente diversificados (através de coisas ou pessoas). A estas manifestações chama-se hierofanias.
2) Dimensão social:
A religião manifesta-se exteriormente nas condutas individuais e colectivas das comunidades humanas. A religião tem, portanto, um carácter social e histórico. Daí a diversidade das religiões que, ao longo do tempo e do espaço, se têm manifestado e sucedido: desde aquelas mais primitivas até às religiões vigentes nas nossas sociedades actuais, profundamente dominadas pela ciência.
Convém, sublinhar que, ao longo do tempo, sempre existiu um certo sincretismo religioso, isto é, não apenas as diversas modalidades religiosas coexistem, mas interpenetram-se, influenciam-se mutuamente: em cada uma é possível encontrar elementos de outra.
2 a) Elementos comuns às diversas religiões:
A diversidade religiosa é um facto, no entanto podemos verificar a existência de elementos comuns a todas elas. Destaquemos alguns:
Toda a religião supõe a relação do homem com uma realidade transcendente, perante a qual se sente e reconhece dependente e submisso, fascinado e temeroso. Essa realidade tem sido apreendida sob as mais diversas formas e invocada sob os mais diversos nomes.
A religião implica a existência de uma doutrina ou conjunto de dogmas.
Este conjunto de dogmas ou doutrina deve ser livremente aceite pelo crente, e a isso chama-se crença religiosa ou fé.
As relações do homem com Deus traduzem-se naturalmente no comportamento dos crentes, e a elas chamamos o culto.
Os fieis que professam a mesma religião constituem comunidades mais ou menos estruturadas que designamos como Igreja.
2 b) Objectivos comuns às diversas religiões:
Além de revelarem elementos comuns, as diversas religiões convergem ainda no mesmo objectivo – todas elas permitem ao homem encontrar uma explicação para o mundo e um sentido para a sua própria existência.
Todas as religiões procuram ultrapassar o sofrimento e a morte, e oferecem ao homem a salvação, isto é, uma vida futura, eterna e feliz, o que implica, necessariamente, uma certa conduta, uma conduta que obedeça a uma determinada ética.
Mas é extremamente significativo verificarmos que crentes e não crentes concordam na aceitação de uma regra de ouro que, para todos, representa o fundamento último e único da moral.
O respeito pelo homem é o único principio ético absoluto, porque a dignidade humana é único valor absoluto e, como tal, universalizável.
“A verdadeira essência da religião é o próprio ser do homem enquanto se interroga, enquanto põe em jogo o sentido da sua vida e da existência em geral”
P. Tillich
Dado que a religião é, efectivamente, um fenómeno universal e intemporal, torna-se indispensável tentarmos descrever o fenómeno religioso.
A experiência religiosa consiste na relação do homem com o absolutamente divino. Esta dimensão consiste em o homem se sentir na presença de um Além, uma realidade essencialmente diferente de todas aquelas que nos cercam. Esta realidade é frequentemente designada como a divindade, o divino. Acerca do divino podemos sugerir as seguintes características:
É mistério, escondido e inatingível; e como tal, é indefinível;
O seu poder é tanto que provoca em nós sentimentos diversos e até contraditórios: atrai e repele, suscita amor e também temor;
Provoca em nós atitudes de dependência e de veneração
Pode revelar-se ao homem de modos extremamente diversificados (através de coisas ou pessoas). A estas manifestações chama-se hierofanias.
2) Dimensão social:
A religião manifesta-se exteriormente nas condutas individuais e colectivas das comunidades humanas. A religião tem, portanto, um carácter social e histórico. Daí a diversidade das religiões que, ao longo do tempo e do espaço, se têm manifestado e sucedido: desde aquelas mais primitivas até às religiões vigentes nas nossas sociedades actuais, profundamente dominadas pela ciência.
Convém, sublinhar que, ao longo do tempo, sempre existiu um certo sincretismo religioso, isto é, não apenas as diversas modalidades religiosas coexistem, mas interpenetram-se, influenciam-se mutuamente: em cada uma é possível encontrar elementos de outra.
2 a) Elementos comuns às diversas religiões:
A diversidade religiosa é um facto, no entanto podemos verificar a existência de elementos comuns a todas elas. Destaquemos alguns:
Toda a religião supõe a relação do homem com uma realidade transcendente, perante a qual se sente e reconhece dependente e submisso, fascinado e temeroso. Essa realidade tem sido apreendida sob as mais diversas formas e invocada sob os mais diversos nomes.
A religião implica a existência de uma doutrina ou conjunto de dogmas.
Este conjunto de dogmas ou doutrina deve ser livremente aceite pelo crente, e a isso chama-se crença religiosa ou fé.
As relações do homem com Deus traduzem-se naturalmente no comportamento dos crentes, e a elas chamamos o culto.
Os fieis que professam a mesma religião constituem comunidades mais ou menos estruturadas que designamos como Igreja.
2 b) Objectivos comuns às diversas religiões:
Além de revelarem elementos comuns, as diversas religiões convergem ainda no mesmo objectivo – todas elas permitem ao homem encontrar uma explicação para o mundo e um sentido para a sua própria existência.
Todas as religiões procuram ultrapassar o sofrimento e a morte, e oferecem ao homem a salvação, isto é, uma vida futura, eterna e feliz, o que implica, necessariamente, uma certa conduta, uma conduta que obedeça a uma determinada ética.
Mas é extremamente significativo verificarmos que crentes e não crentes concordam na aceitação de uma regra de ouro que, para todos, representa o fundamento último e único da moral.
O respeito pelo homem é o único principio ético absoluto, porque a dignidade humana é único valor absoluto e, como tal, universalizável.
“A verdadeira essência da religião é o próprio ser do homem enquanto se interroga, enquanto põe em jogo o sentido da sua vida e da existência em geral”
P. Tillich