O fenómeno religioso é, sem dúvida, profundamente controverso.
É, por um lado, universal e premente, isto é não se conhecem sociedades humanas, em qualquer momento histórico ou lugar, destituídas de religião.
É, por outro lado, profundamente evolutivo e pluriforme: as diversas religiões variam quanto aos seus dogmas, à sua moral, ao seu culto, e até aos objectivos que propõem…
Anunciada a sua morte por uns, a religião continua a ser, para outros, o caminho indispensável e insubstituível que os orienta na vida. No entanto, não faltam aqueles que usam a violência para impô-la dum modo arbitrário.
Visto isto, é indispensável questionarmos esta realidade para tentarmos compreendê-la melhor:
Porquê e para quê a religião?
Em que consiste a religião?
É legítima a diversidade religiosa?
Qual é o valor da religião?
A existência das religiões, a sua universalidade e sobrevivência são um dos fenómenos humanos mais surpreendentes.
A religião tem uma importância relevante nas nossas sociedades. As suas implicações alcançam todos os domínios: a ética, o ensino, a política, a economia, ordem internacional, etc.
Creia-se ou não em Deus, as religiões existem, e a sua universalidade e persistência têm de ser explicadas e avaliadas.
Etimologicamente, a palavra "religião" deriva do latim religare, ligar, unir, que num sentido mais amplo significa relação, união com, união a; o que nos obriga a recordar aquilo que estudámos acerca do Homem como um ser em aberto, um ser bio–sócio–cultural, mantendo diálogo constante com os outros e com o mundo.
Acontece que no seu sentido habitual, o termo religião significa não a relação com os outros, mas a relação com um Outro, isto é, com uma realidade sobre-humana, misteriosa e omnipotente, que o homem tem designado sob múltiplos nomes e cuja presença é susceptível de provocar atitudes e sentimentos desencontrados.
É esta realidade que, a partir de um certo momento, passou a ser invocada sob o nome de Deus.
A religião será portanto, todo o conjunto de relações que unem o homem a Deus, seja qual for o modo como possamos concebê-Lo.
Visto isto, o homem é um ser necessariamente religioso e a religião é para ele um privilégio e direito exclusivo.
“Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola.”
Napoleão Bonaparte
“Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia.”
Albert Camus
O homem constantemente interroga-se acerca da sua vida, qual o seu significado e o seu objectivo final, ou seja quer saber quem é, de onde veio e para onde vai.
Por isso, compete á filosofia questionar e esclarecer esta realidade socialmente comprovada e individualmente vivida por tantos de nós.
Sendo o homem um ser de projecto e futuro ao contrário do animal, o homem cria e é modelado pela cultura, por isso tais perguntas são inevitáveis, e elas manifestam-se essencialmente naquelas situações que não podemos evitar ou até alterar – situações que, ao longo da vida, nos proporcionam a experiência terrível dos nossos limites, da nossa finitude. Reduziremos essas situações ao sofrimento, de que todos padecemos em qualquer uma das suas múltiplas manifestações: a doença, a miséria, o fracasso, a solidão, o abandono, a traição, a culpa, o desespero e, finalmente, a morte…
Os poderosos e os humildes, os sábios e os ignorantes, os velhos e os jovens estão sujeitos á mesma condição: o sofrimento não poupa ninguém.
Por outras palavras, o homem não é um ser auto-suficiente, fechado sobre si próprio, encerrado dentro de limites (imanência); ao contrário, ele é um ser permanentemente insatisfeito, que não se basta a si próprio, e como tal, projecta-se para fora de si e procura os outros (transcendência), isto é:
“O homem ultrapassa infinitamente o homem.”
Pascal
É, por um lado, universal e premente, isto é não se conhecem sociedades humanas, em qualquer momento histórico ou lugar, destituídas de religião.
É, por outro lado, profundamente evolutivo e pluriforme: as diversas religiões variam quanto aos seus dogmas, à sua moral, ao seu culto, e até aos objectivos que propõem…
Anunciada a sua morte por uns, a religião continua a ser, para outros, o caminho indispensável e insubstituível que os orienta na vida. No entanto, não faltam aqueles que usam a violência para impô-la dum modo arbitrário.
Visto isto, é indispensável questionarmos esta realidade para tentarmos compreendê-la melhor:
Porquê e para quê a religião?
Em que consiste a religião?
É legítima a diversidade religiosa?
Qual é o valor da religião?
A existência das religiões, a sua universalidade e sobrevivência são um dos fenómenos humanos mais surpreendentes.
A religião tem uma importância relevante nas nossas sociedades. As suas implicações alcançam todos os domínios: a ética, o ensino, a política, a economia, ordem internacional, etc.
Creia-se ou não em Deus, as religiões existem, e a sua universalidade e persistência têm de ser explicadas e avaliadas.
Etimologicamente, a palavra "religião" deriva do latim religare, ligar, unir, que num sentido mais amplo significa relação, união com, união a; o que nos obriga a recordar aquilo que estudámos acerca do Homem como um ser em aberto, um ser bio–sócio–cultural, mantendo diálogo constante com os outros e com o mundo.
Acontece que no seu sentido habitual, o termo religião significa não a relação com os outros, mas a relação com um Outro, isto é, com uma realidade sobre-humana, misteriosa e omnipotente, que o homem tem designado sob múltiplos nomes e cuja presença é susceptível de provocar atitudes e sentimentos desencontrados.
É esta realidade que, a partir de um certo momento, passou a ser invocada sob o nome de Deus.
A religião será portanto, todo o conjunto de relações que unem o homem a Deus, seja qual for o modo como possamos concebê-Lo.
Visto isto, o homem é um ser necessariamente religioso e a religião é para ele um privilégio e direito exclusivo.
“Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola.”
Napoleão Bonaparte
“Julgar se a vida vale ou não a pena ser vivida é responder à questão fundamental da filosofia.”
Albert Camus
O homem constantemente interroga-se acerca da sua vida, qual o seu significado e o seu objectivo final, ou seja quer saber quem é, de onde veio e para onde vai.
Por isso, compete á filosofia questionar e esclarecer esta realidade socialmente comprovada e individualmente vivida por tantos de nós.
Sendo o homem um ser de projecto e futuro ao contrário do animal, o homem cria e é modelado pela cultura, por isso tais perguntas são inevitáveis, e elas manifestam-se essencialmente naquelas situações que não podemos evitar ou até alterar – situações que, ao longo da vida, nos proporcionam a experiência terrível dos nossos limites, da nossa finitude. Reduziremos essas situações ao sofrimento, de que todos padecemos em qualquer uma das suas múltiplas manifestações: a doença, a miséria, o fracasso, a solidão, o abandono, a traição, a culpa, o desespero e, finalmente, a morte…
Os poderosos e os humildes, os sábios e os ignorantes, os velhos e os jovens estão sujeitos á mesma condição: o sofrimento não poupa ninguém.
Por outras palavras, o homem não é um ser auto-suficiente, fechado sobre si próprio, encerrado dentro de limites (imanência); ao contrário, ele é um ser permanentemente insatisfeito, que não se basta a si próprio, e como tal, projecta-se para fora de si e procura os outros (transcendência), isto é:
“O homem ultrapassa infinitamente o homem.”
Pascal
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