Entrelaçamento era a tentativa de Einstein de desacreditar a teoria quântica com a “acção fantasmagórica à distância” – o fenómeno no qual duas partículas entrelaçadas podem ser separadas para lados opostos do cosmo, e quando algo é feito a uma delas, a outra responde instantaneamente. É por vezes denominado “não-local” porque a ideia de algo ser local significa que não é distante, e no entrelaçamento parece não existir tal coisa como a distância. Tudo está sempre em contacto.
Podemos citar Erwin Schrôdinger: “O entrelaçamento não é uma propriedade da quântica; é a propriedade.”
Será que as mentes podem estar entrelaçadas? As partículas estão, e as partículas são como informação, e a mente é matéria e a matéria é mente, então por que é que as mentes não se haveriam de entrelaçar? Embora as experiências com partículas não provem que as mentes se entrelaçam, apontam francamente para uma área de estudo constrangedora, uma que qualquer mente à procura de uma teoria mais inclusiva e geral de tudo quereria investigar.
Pelo menos era isso que pensava o Dr. Radin. A Teoria das Mentes Entrelaçadas parecia responder a várias anomalias que encontramos no mundo, por isso ele decidiu testar isso em laboratório. Começou por pedir a duas pessoas para pensarem uma na outra durante toda a experiência. O Dr. Radin descobriu que pode entrelaçar mentes pedindo simplesmente às pessoas que pensem uma na outra. Depois disso, os dois indivíduos eram separados e enviados para locais específicos diferentes para que não ocorresse nenhuma comunicação física entre eles. Os cientistas ligaram-nos fisiologicamente e fizeram o equivalente científico àquilo que o Dr. Radin chama “picar uma e ver se a outra se retrai. E se se descobrir que pode picar uma pessoa e o resultado é outra pessoa retrair-se, isso é uma forma de demonstrar que estão entrelaçadas embora não estejam no mesmo local... Este tipo de experiência foi feita com vários parâmetros fisiológicos.”
Ele faz experiências do tipo usar um flash de luz nos olhos de uma pessoa e ver se o cérebro da outra, especificamente a parte de trás, chamada lóbulo exibidor, regista uma alteração. Descobriu em experiências destas feitas ao longo do período de duas décadas que “acender a luz no cérebro de uma pessoa origina uma resposta cerebral muito característica na pessoa que viu a luz... A pessoa que está numa sala escura sem fazer nada, o parceiro, o seu cérebro não se acende da mesma forma porque não está a ser induzido por informação sensorial, mas altera-se; altera o seu comportamento numa forma mais ou menos sincronizada no tempo com o que está a acontecer do lado que faz o envio... Sob um modelo de Mentes Entrelaçadas, elas estão sempre ligadas; quando pico uma, a outra retrai-se; não por alguma coisa mágica ter viajado, mas porque picar uma é como picar a outra, e é por isso que se retraem.”
O Dr. Radin relata o fenómeno incrível destes acontecimentos em termos de sorte: “Em pesquisas relativas a Mentes Entrelaçadas, os indícios são de cerca de mil para um para os tipos de ligações que vimos. Isto baseia-se numa meta-análise. Em experiências seguintes feitas sobre o fenómeno comum de se ter a sensação de se estar a ser observado, os números, segundo a sorte, subiam para bem acima de três milhões para um”. Esse número enorme baseia-se na recolha de milhares de experiências feitas ao longo de décadas combinadas estatisticamente com a meta-análise do Dr. Radin.
Então o que podemos dizer da PES (percepção extra-sensorial)? O Dr. Radin descobriu que olhando para todos os tipos de fenómenos PES como aplicações diferentes de entrelaçamento, estes se unificam numa teoria. “Vamos presumir que a experiência está entrelaçada, como se manifestaria? E podemos começar por ver formas de se manifestar. Se há uma ligação com outras mentes, chama-se telepatia; se há uma ligação com um objecto que está noutro local, chama-se clarividência; se há uma ligação que transcende o tempo, chama-se preconização. Se há uma ligação na qual a minha intenção se exprime algures no mundo, pode chamar-se psicoquinese ou cura à distância. Podemos fazer uma lista de talvez doze tipos de experiências psíquicas que obtiveram rótulos ao longo dos anos, como a telepatia, mas isto é apenas a ponta do icebergue.”
Tudo isto vem apoiar a ideia de Jung sobre o inconsciente colectivo. Se há algum tipo de fenómeno entrelaçado não-físico entre duas pessoas, implicando que há algum tipo de espaço mental ou campo mental onde as interacções ocorrem, deverá haver efeitos agregados, ou efeitos que aumentam a centenas, milhares, milhões de mentes. Para verificar se é assim ou não, o Dr. Radin e os seus colegas inauguraram o Projecto de Consciência Global. Inspirado pelos resultados do julgamento de O. J. Simpson e o efeito sobre geradores de eventos aleatórios (GEA), montaram uma rede mundial de GEA, que enviam continuamente as suas leituras para um servidor em Princeton.
Segundo o Dr. Radin: “Temos agora dados para dois tipos de eventos. Temos eventos planeados como o Bug do Milénio. Temos também eventos espontâneos como o 11 de Setembro, que não foram planeados. Podemos olhar para todos eles agora e ver o que aconteceu a esta aleatoriedade, esta medida física de aleatoriedade à volta do mundo quando muitas mentes repentinamente se concentram em algo, e o resumo da história é: temos agora centenas de eventos, tanto planeados como não planeados – e é muito claro que em geral a aleatoriedade não é tão aleatória como deveria, teoricamente, quando estes eventos ocorrem. Os eventos de grande escala que atraem muita atenção criam uma certa coerência mental, que se parece reflectir no que se passa nos geradores aleatórios em todo o mundo.”
Gandhi dizia: “Sê a mudança que queres ver no mundo.” Para muitos isto é uma ideia indefinível. A noção de que, de alguma forma, eu mudar irá afectar o resto da realidade parece uma ideia ingénua. Mas quando olhamos para trabalhos de investigações recentes a frase de Gandhi começa a fazer mais sentido. Por que havemos de ser a mudança que queremos ver? Porque estamos entrelaçados com toda a gente. Todos os pensamentos importam. Aquilo que somos “importa” a toda a gente.
É uma questão muito interessante considerar se temos pensamentos que podemos realmente controlar completamente, ou se quando um pensamento impuro nos vem à cabeça... será que tivemos controlo sobre isso? E o facto de isso ter acontecido deverá ser considerado imoral? Surgem algumas questões éticas e morais com este tipo de pesquisa. Penso que precisamos de explorar estas questões com mais pormenor.
— Andrew Newberg, M.D.
Podemos citar Erwin Schrôdinger: “O entrelaçamento não é uma propriedade da quântica; é a propriedade.”
Será que as mentes podem estar entrelaçadas? As partículas estão, e as partículas são como informação, e a mente é matéria e a matéria é mente, então por que é que as mentes não se haveriam de entrelaçar? Embora as experiências com partículas não provem que as mentes se entrelaçam, apontam francamente para uma área de estudo constrangedora, uma que qualquer mente à procura de uma teoria mais inclusiva e geral de tudo quereria investigar.
Pelo menos era isso que pensava o Dr. Radin. A Teoria das Mentes Entrelaçadas parecia responder a várias anomalias que encontramos no mundo, por isso ele decidiu testar isso em laboratório. Começou por pedir a duas pessoas para pensarem uma na outra durante toda a experiência. O Dr. Radin descobriu que pode entrelaçar mentes pedindo simplesmente às pessoas que pensem uma na outra. Depois disso, os dois indivíduos eram separados e enviados para locais específicos diferentes para que não ocorresse nenhuma comunicação física entre eles. Os cientistas ligaram-nos fisiologicamente e fizeram o equivalente científico àquilo que o Dr. Radin chama “picar uma e ver se a outra se retrai. E se se descobrir que pode picar uma pessoa e o resultado é outra pessoa retrair-se, isso é uma forma de demonstrar que estão entrelaçadas embora não estejam no mesmo local... Este tipo de experiência foi feita com vários parâmetros fisiológicos.”
Ele faz experiências do tipo usar um flash de luz nos olhos de uma pessoa e ver se o cérebro da outra, especificamente a parte de trás, chamada lóbulo exibidor, regista uma alteração. Descobriu em experiências destas feitas ao longo do período de duas décadas que “acender a luz no cérebro de uma pessoa origina uma resposta cerebral muito característica na pessoa que viu a luz... A pessoa que está numa sala escura sem fazer nada, o parceiro, o seu cérebro não se acende da mesma forma porque não está a ser induzido por informação sensorial, mas altera-se; altera o seu comportamento numa forma mais ou menos sincronizada no tempo com o que está a acontecer do lado que faz o envio... Sob um modelo de Mentes Entrelaçadas, elas estão sempre ligadas; quando pico uma, a outra retrai-se; não por alguma coisa mágica ter viajado, mas porque picar uma é como picar a outra, e é por isso que se retraem.”
O Dr. Radin relata o fenómeno incrível destes acontecimentos em termos de sorte: “Em pesquisas relativas a Mentes Entrelaçadas, os indícios são de cerca de mil para um para os tipos de ligações que vimos. Isto baseia-se numa meta-análise. Em experiências seguintes feitas sobre o fenómeno comum de se ter a sensação de se estar a ser observado, os números, segundo a sorte, subiam para bem acima de três milhões para um”. Esse número enorme baseia-se na recolha de milhares de experiências feitas ao longo de décadas combinadas estatisticamente com a meta-análise do Dr. Radin.
Então o que podemos dizer da PES (percepção extra-sensorial)? O Dr. Radin descobriu que olhando para todos os tipos de fenómenos PES como aplicações diferentes de entrelaçamento, estes se unificam numa teoria. “Vamos presumir que a experiência está entrelaçada, como se manifestaria? E podemos começar por ver formas de se manifestar. Se há uma ligação com outras mentes, chama-se telepatia; se há uma ligação com um objecto que está noutro local, chama-se clarividência; se há uma ligação que transcende o tempo, chama-se preconização. Se há uma ligação na qual a minha intenção se exprime algures no mundo, pode chamar-se psicoquinese ou cura à distância. Podemos fazer uma lista de talvez doze tipos de experiências psíquicas que obtiveram rótulos ao longo dos anos, como a telepatia, mas isto é apenas a ponta do icebergue.”
Tudo isto vem apoiar a ideia de Jung sobre o inconsciente colectivo. Se há algum tipo de fenómeno entrelaçado não-físico entre duas pessoas, implicando que há algum tipo de espaço mental ou campo mental onde as interacções ocorrem, deverá haver efeitos agregados, ou efeitos que aumentam a centenas, milhares, milhões de mentes. Para verificar se é assim ou não, o Dr. Radin e os seus colegas inauguraram o Projecto de Consciência Global. Inspirado pelos resultados do julgamento de O. J. Simpson e o efeito sobre geradores de eventos aleatórios (GEA), montaram uma rede mundial de GEA, que enviam continuamente as suas leituras para um servidor em Princeton.
Segundo o Dr. Radin: “Temos agora dados para dois tipos de eventos. Temos eventos planeados como o Bug do Milénio. Temos também eventos espontâneos como o 11 de Setembro, que não foram planeados. Podemos olhar para todos eles agora e ver o que aconteceu a esta aleatoriedade, esta medida física de aleatoriedade à volta do mundo quando muitas mentes repentinamente se concentram em algo, e o resumo da história é: temos agora centenas de eventos, tanto planeados como não planeados – e é muito claro que em geral a aleatoriedade não é tão aleatória como deveria, teoricamente, quando estes eventos ocorrem. Os eventos de grande escala que atraem muita atenção criam uma certa coerência mental, que se parece reflectir no que se passa nos geradores aleatórios em todo o mundo.”
Gandhi dizia: “Sê a mudança que queres ver no mundo.” Para muitos isto é uma ideia indefinível. A noção de que, de alguma forma, eu mudar irá afectar o resto da realidade parece uma ideia ingénua. Mas quando olhamos para trabalhos de investigações recentes a frase de Gandhi começa a fazer mais sentido. Por que havemos de ser a mudança que queremos ver? Porque estamos entrelaçados com toda a gente. Todos os pensamentos importam. Aquilo que somos “importa” a toda a gente.
É uma questão muito interessante considerar se temos pensamentos que podemos realmente controlar completamente, ou se quando um pensamento impuro nos vem à cabeça... será que tivemos controlo sobre isso? E o facto de isso ter acontecido deverá ser considerado imoral? Surgem algumas questões éticas e morais com este tipo de pesquisa. Penso que precisamos de explorar estas questões com mais pormenor.
— Andrew Newberg, M.D.
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